quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Storytelling na aventura de recuperar uma empresa

O BLOG Recupera Empresa recomenda os interessados em conhecer outras esperiências sobre Recuperação de Empresas, a conhecer o blog do livro de um novo autor no tema. Lá serão divulgados os locais de palestras sobre o livro, as entrevistas, opinioes dos leitores, comentários,  datas e cidades visitadas:
http://livroacorda.blogspot.com.br/

Pode ser vista a pagina do FACEBOOK com ilustrações e outras notas.

https://www.facebook.com/LivroAcorda/

A QUEM é dirigido o LIVRO e o BLOG:  a donos de empresa passando por uma crise, profissionais no ramo de reverter crises de empresas, a comunidade que se interessa em construir um Brasil melhor salvando empresas, e empregos.
O LIVRO "A CORDA" é uma obra de ficção, fugindo do livro-texto que busca ensinar discutindo puros conceitos e métodos. Todos os personagens são fruto da mente do autor, e não há correspondência alguma com pessoas ou empresas reais. O que é real é a angústia de donos de empresa, presidentes, diretores, empregados, clientes e fornecedores, diante de crises que fazem vítimas todos os dias. Os problemas e desafios enfrentados pelos personagens da estória, são comuns. As técnicas e metodologias apresentadas, para se lidar com estes desafios, são reais e vem do arcabouço estudado e desenvolvido por pesquisadores, professores e executivos.


O livro conta como uma empresa de sucesso, boa reputação e bons produtos, se enveredou por uma crise que pode agora destruí-la. Funcionários e executivos interagem com consultores e empresas externas, na trama que envolve sócios, engenheiros, recepcionistas, contadores, o presidente. 

Os personagens, as empresas e seus mercados vão sendo apresentados enquanto a vida da empresa corre perigo. Aos poucos, são introduzidos ou explicados conhecimentos técnicos, métodos de outros autores, escolas ou empresas, e quando isto acontecer, referência para leitura estará no diálogo, na narrativa ou em notas de rodapé. Tudo o mais é de criação e propriedade intelectual do autor, como, por exemplo, os “10P’s” utilizado durante o “Diagnóstico”. 

Com personagens fictícios e alguns fatos reais da cidade de São Paulo, é pintado o pano de fundo, o palco aonde vai se desenrolar a trama. Através dos problemas específicos de cada personagem, o leitor pode compor a totalidade de forças que se abate sobre a empresa em crise. Os relacionamentos também vão mostrar os sintomas de crises.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Objetivo: uma empresa mais saudável

Harmonize seu espírito, mente e coração e viva uma empresa mais saudável.
Você já parou pra pensar que sua empresa pode ser comparada a um ser humano? Pense por um instante nessa hipótese. Homens e empresas têm necessidades de energia e recursos semelhantes: oxigênio, combustível, alimento, abrigo, água.



Também vivem relacionamentos e expectativas: 
  • familiares, sociais; 
  • clientes, fornecedores; 
  • empregados, gestores, sociedade; 
  • crises, crescimento e desafios.
Nos damos conta então que ambos passam não só por questões estruturais, mas também pelas mentais e emocionais. Há também as crenças, as impregnações e os aspectos energéticos. Para o homem é crescente a necessidade de entender seu papel pessoal e social, e de buscar uma religação com a sua espiritualidade. 

Na empresa encontramos elos fortes e fracos entre os diversos segmentos, cada qual vibrando no seu campo de atuação, seu espaço de influência, sua visão de futuro, seus valores, sua busca pela sobrevivência e por resultados.
Se as empresas são formadas e comandadas por seres humanos e de certo modo, reproduzem essa estrutura de organização humana, é razoável concluirmos que tudo tem que funcionar sincronicamente para manter a empresa respirando, viva e saudável.
Neste novo milênio, o homem volta-se cada vez mais para perceber-se como um ser composto de partes que se inter-relacionam e interdependem, e passa olhar e a buscar mais para si, um cuidado integral, seja através da medicina tradicional ou de variadas técnicas energéticas e holísticas.


O desafio agora é buscar a saúde, força, qualidade e vitalidade para empresa. Se processos, técnicas e recursos convencionais, já não são suficientes para superar desafios, desequilíbrios e ameaças, é preciso integrar o homem que está na empresa.
Como abordar esses desafios?
Olhar atentamente para nossa empresa viva, e perceber:
  •  quais as potencialidades criativas estão esperando para emergir; 
  • quais os fluxos e processos estão bloqueados nas relações da empresa com seus players e que impedem o seu desenvolvimento.
Observar sem julgamentos se sua empresa está realmente a serviço do cliente ou apenas a serviço de um indivíduo ou de um pequeno grupo de indivíduos.
Ver se alguns padrões erráticos se repetem constantemente dentro empresa e eles podem impedir seu crescimento.

Se o homem medita e se espiritualiza para buscar, paz, saúde e insights porque não podemos buscar ferramentas para trazer resultados semelhantes para a empresa?

Espírito, mente e coração tem que estar alinhados vibrando em sintonia.

Pense nisso.

(Autor: Evandro J.P. Varella)

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Os Seis Focos da Crise de Performance Empresarial



Inspirado por um artigo da Simone Dragone no LinkedIn, proponho aqui algumas reflexões aos executivos e sócios de empresas em dificuldades, ainda que limitadas ou “temporárias”.

1)    A crise começa escondida, mas é perigosa como um câncer: à parte crises sistêmicas como o estouro da bolha imobiliária nos EUA em 2008, mas no contexto de nossas organizações, o executivo não chega no escritório um dia e descobre: “ai caramba, estamos em crise!” Ela já estava lá. Começou talvez apenas na perda de um distribuidor que era importante, e se pensa: “Mas temos tantos outros! Vamos reforçar a relação com este ou aquele, e resolvido”; ou talvez com um latente, mas persistente, aumento da taxa de juros no desconto das duplicatas. A diferença no valor absoluto era tão pequena que ninguém se importou em avaliar seu impacto no negócio. E por aí vai. A comparação é triste, mas precisa. É como um câncer. Ninguém amanhece com um câncer maligno, já em metástase. A má formação celular é microscópica e esparsa. Até que se acumula em um ponto de nosso organismo. Até aí é denominado “benigno”. Possível de identificar com exames frequentes, mas que infelizmente, como nas empresas, “o importante é viver o dia, não estou sentindo nada!” Aí a colônia começa a crescer e passa a se multiplicar. Ops, passou a ser maligno, começa a incomodar o organismo. Faz-se os exames e lamentavelmente quase sempre o fim é o resultado.

2)    Como ela apareceu “de repente”? Não, ela não apareceu “de repente”. Como vimos acima, ela já estava lá. E mantendo o paralelo clínico, células malformadas instalam-se em diversas partes do organismo. Muitas vezes alguns órgãos são saudáveis o suficiente para eliminá-las ou até conviver com elas. Na empresa isso pode se manifestar por exemplo em Vendas (performance de produtos, de canais, etc), no estoque de matéria-prima, em Compras, Caixa, etc. Como se cada departamento ou função da empresa fosse um órgão de nosso corpo. E como num organismo vivo, a saúde das empresas pode e deve ser monitorada todo o tempo. Você tem seu “Painel de Controle”? Você acompanha a DRE e o Balanço Patrimonial todos os meses? Você não cuida de sua saúde com a frequência adequada? A frequência corporativa é mensal! Para alguns “órgãos”, diário!

3)    Falta de Planejamento e/ou de Controle: O planejamento foi apurado? Realista? Utilizamos ferramentas consagradas como SWOT, levantamos benchmarks, consideramos o ambiente macroeconômico com um viés mais otimista que realista? Nem sempre é ruim ser otimista, mas é importante executar com os pés no chão e com foco. Aqui entra o aspecto de controle. Estamos comparando o realizado com o planejado? Estamos testando as premissas “externas” (SWOT, benchmarking, ambiente macro) mensalmente? Ou ninguém lembra mais os pilares que sustentaram o planejamento, e vamos “matar um boi por dia“ ou pior, “vender o almoço para comprar o jantar“?

4)    (Falta de) Visão Estratégica: muitos executivos e gestores quando escutam esta importante atividade a associam com futurologia, “papo para vender consultoria“, etc... Mas Visão e Planejamento Estratégico são ferramentas de gestão como outra qualquer. Qual o objetivo social de nossa empresa? Qual a missão e visão? O que estamos entregando está alinhado com estes três pilares? Estes três pilares são pétreos? Talvez não, mas devem permear o dia a dia da empresa. Um correto planejamento estratégico e a condução do negócio com base neles permite rapidamente identificar “que algo está errado”, além de ser a ferramenta que nos permite perceber as oportunidades de negócios que cruzam a nossa porta diariamente. Para onde nossa empresa vai? O que ela vai ser quando crescer?

5)    O Curto Prazo versus o Longo Prazo: No ambiente econômico neoliberal que vivemos, Curto Prazo é Rei. Isso não quer dizer que fundamentos de longo prazo devam ser prejudicados sistematicamente em benefício de uma demonstração de resultados no curto prazo. Mas como em nossas vidas, melhor curtir agora que perder a oportunidade, certo? Depende! Tanto na vida como na empresa, a pergunta a ser respondida é: Estou correndo cem metros rasos ou uma maratona? Na música do Lobão, “...melhor viver dez anos a mil do que mil anos a dez...”. Esta é a opinião do sofrido personagem da canção. Mas empresas devem persistir no tempo. Portanto, busque resultados de impacto no curto prazo, mas não sacrifique nem acoberte o longo prazo.

6)     Você tem os Indicadores chaves para seu painel de controle? Uma empresa em Crise com certeza vem apontando queda nos lucros, aumento de custos, piora em índices de liquidez, todos implicando em perda de patrimônio líquido. Estes e tantos outros indicadores estão à mão de qualquer gestor responsável. Como mencionei acima, balancetes e DRE mensais são fundamentais. Mas cada negócio tem suas peculiaridades, e, portanto, o Painel de Controle deve ser montado para o seu negócio. Quando liderei uma recuperação de performance na TIM Nordeste ao longo de 2001 (a empresa é pública, os dados disponíveis a quem interessar), levando seu EBITDA de pouco mais de 14% para mais de 44% em menos de um ano. Nessa empreitada eu “pilotava” a operação com um Painel de Controle com apenas 6 “ponteiros” (indicadores)! Quase três mil funcionários, seis estados com seis indicadores, e só! Assim conseguíamos manter o foco e buscar o resultado. Aqui o segredo é buscar a quantidade mínima de indicadores que influenciem toda a operação e seus gestores. Quantos indicadores tem teu painel de controle? Não tem um para chamar de seu? Vixe!

Consultorias de performance podem e devem ser chamadas a ajudar neste processo. A dica é antecipar à doença. E na doença, não se automedicar. Peça ajuda. Como o nosso corpo precisa, uma empresa doente precisa de um médico. Agende um check-up com o seu, antes que uma anomalia se transforme em doença e se espalhe de forma incontrolável e irrecuperável.


Helder de Azevedo é colaborador do blog em temas de M&A’s, Sucessão, Estratégia e Turnaround Management.



Construiu carreira em empresas nacionais, multinacionais, grandes e pequenas, até start-ups, desenvolvendo amplo espectro de habilidades de Finanças a Tecnologia, Vendas e Implementação. Certificado pelo IBGC (Melhores Práticas em Governança Corporativa). Conhecimentos desde Start-ups a TurnAround Management. Traz consigo um poderoso portfolio de relacionamentos no ambiente high-tech da América Latina e EEUU. Construtor de consensos e confiança em todos os níveis, da linha de frente ao Board.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Saiba como se faz um projeto de Recuperação de Performance

Algumas consultorias, e não são muitas, realizam projetos de Recuperação de Performance para empresas em crise. No inicio de agosto, um grupo realiza Seminário em parceria com advogados e investidores com fundos de fomento. O evento é aberto. O ingresso é 1kg de alimento ou 1 brinquedo, que será doado ao Centro Madre Teodora. 19h em Itu, no SINCOMERCIO, Rua Maestro Jose Victorio 137. Pode conter informações de interesse para o seu projeto de virada em 2016. (inscrever-se com  gexperience@colorspublicidade.com.br)

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Uma empresa se recupera com ingredientes especiais

É normal se passar por crises provocadas por falta de L...(achou que seria falta de liquidez, certo? mas não é.) ... LUCRO.
O que geralmente quebra o negócio. A falta de liquidez vem como sintoma. E gera stress na operação que leva à crise.

Uma empresa se recupera de uma crise e cresce com PESSOAS, PRODUTOS, PROCESSOS e INFORMAÇÃO corretas.

Uma consultoria externa que se preze não cria dependência do cliente, mas a ajuda a passar por esse momento de declinio, normal no ciclo de vida das empresas. Muitas delas sofrem na crise, e caso não tenham lideres que saibam como enfrentá-las, podem ter sequelas graves, nunca mais retomar o crescimento, ou mesmo desaparecer. Nessa jornada para evitar o pior, algumas ferramentas de gestão são vitais. E além disso, é fundamental a conexão do modelo operacional com o modelo financeiro.

Outro ingrediente importante é liquidez. Nenhuma empresa cresce ou se recupera sem caixa. Quais os instrumentos financeiros disponiveis através de FUNDOS específicos que podem ajudar empresas a enfrentar e reverter crises? Como usar os recursos de maneira inteligente? O quanto pedir e quando? O que facilita e o que dificulta o crédito?

Advogados: além da responsabilidade administrativa, há outros temperos que se somam aos ingredientes anteriores. Pode ser necessário se separar ativos e operações, sócios e investidores ocasionais, onde para isso existem instrumentos judiciais necessários à proteçao do patrimonio dos donos e que permitam o financiamento. Apoiam desde uma  alienação fiduciaria, emissao de debentures, e a acolher novos socios com entrada de capital. Vão com a empresa até a opção de Recuperação Judicial, quando esta é a melhor saída.

Conhecimento é fundamental.


(foto do autor: Cornell University, Ithaca, NY. 2010)

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Espirros, coriza e os sinais imperceptíveis: a barreira psicológica.





Admitir ou não que uma empresa precisa de ajuda é uma barreira psicológica, que muitas vezes impede a recuperação de um negócio.

Todos nós, em algum momento das nossas vidas, precisamos dar um passo atrás, rever decisões ou buscar amparo em profissionais mais experientes.

É parecido quando espirramos, e em geral não damos muita importância ao fato, acreditando que o espirro é um episódio esporádico com causa externa.

Se o corpo não repetir o espirro, confiamos que está tudo bem. Afinal a mente é assim: superada a consequência, tocamos a vida em frente sem muita preocupação se houve ou não alguma sequela ou se há algo mais grave se avolumando.

Mas se os espirros se intensificam ou surge uma coriza, então entendemos que é hora de tomarmos alguma providência, um antigripal e muitas vezes preferimos acreditar que está tudo bem, afinal confiamos na capacidade do sistema imunológico do nosso corpo.

E sim, realmente, muitas vezes o corpo se recupera superando aquele fato.

Mas, se não dermos importância e deixamos a doença progredir, se instalando de maneira sorrateira até minar nossa resistência? O resultado pode ser muito grave.

Às vezes, superar a inércia e o medo de que algo mais grave esteja acontecendo e perceber que os sintomas são sinais importantes de adoecimento levam um tempo precioso que o corpo não dispõe.

Nessa situação de agravamento, é iminente ir ao médico e buscar ajuda externa e cuidados, sem o que os resultados possam significar a diferença entre a vida e a morte.

Nas empresas não é diferente, muitas vezes os sinais aparecem de maneira quase imperceptível. Pequenos desajustes, erros operacionais, reclamação de cliente, falta de caixa, atrasos nos recebimentos ou mesmo a queda nas vendas ou um pedido de demissão inesperado de algum profissional sem motivo aparente.

Se não damos atenção a esses fatos corriqueiros, podemos, sem perceber, deixar que a “doença” vá se instalando de maneira gradativa até um ponto em que já seja difícil o “corpo/empresa” se recuperar por sua própria biologia interna.

A situação pode se agravar se gestores e acionistas levarem muito tempo para começar a perceber esse estágio e iniciar ações de cuidado. Nesses casos, os cuidados internos, embora necessários, podem já não ser suficientes para estimular a recuperação da empresa / corpo adoecido.

Outro fator importantíssimo é a negação dos fatos. O exemplo do paciente, que imagina que o espirro é apenas um fator exógeno, muitas vezes, equivale ao de gestores que, mesmo com dados e sentindo os efeitos do adoecimento da sua empresa, entram num processo de negação da realidade e atribuem os reveses apenas a fatores externos, por exemplo , a crise, a situação econômica do país, a falta de incentivos ou mesmo o momento político atual.

A depender do tempo que se leva para entender e superar essa barreira psicológica de admitir sua própria responsabilidade,  perdem-se as oportunidades de uma ação efetiva que poderia salvar o negócio de um destino fatídico.

Mas sabemos que a natureza humana tem essas contradições, então o que pode ser feito quando o corpo/empresa já adoecido não encontra meios e alternativas próprias para se recuperar?

Ora, o mesmo que fazemos quando percebemos que é hora de ir ao médico.

Hoje já há no mercado brasileiro, empresas especializadas na gestão e recuperação de empresas adoecidas.

São capazes, através de um diagnóstico preciso e com instrumentos modernos, avaliar quais intervenções são fundamentais à sobrevivência da empresa.

Profissionais sérios serão capazes de pontuar medidas e intervenções cirurgicamente calculadas para recuperação da organização. Isso porque eles verão o negócio com um olhar externo, ético e isento e sem os envolvimentos emocionais que permeiam e dificultam a tomada decisões dos gestores e acionistas.

Mas há que se ter consciência, pois, assim como num paciente que já chega em estado de doença avançado, as intervenções poderão não gerar os  resultados desejados, mas ao avaliar os riscos e benefícios, mas há que se ter coragem e humildade  para pedir ajuda, pois essa pode ser uma alternativa para aumentar as chances de sobrevivência.

Mas há como prevenir a doença?

a)    Atualize-se, procure conhecer ferramentas e aprofundar conhecimentos em cursos de atualização e ou extensão.
b)    Periodicamente contrate auxílio externo, isso ajuda no aperfeiçoamento de processos e ajuda a você ter uma visão de fora da sua empresa;
c)    Tenha um olhar atento sobre fatos e exceções nos processos diários e avalie constantemente os riscos que essas anomalias podem causar;
d)    Ao perceber que essas disfunções podem ser sinais de que algum desajuste maior, reúna sua equipe e discuta alternativas e soluções;
e)    Redobre a atenção sobre o feedback dos seus clientes e funcionários;
f)    Aja rapidamente em caso de necessidade;
g)    Admita que sua competência possa não ser suficiente para consertar as coisas;
h)    Tenha coragem e humildade para pedir ajuda.





(contribuição de Evandro J.P.Varella)

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Recuperar ou fazer Turnaround se limita a aspectos financeiros?

Turnaround

Turnaround (tradução literal: "dar a volta") é um termo quando  as empresas "dão a volta" em situação de crise, estagnação ou declínio com o objetivo de recuperação e êxito. As medidas são estratégicas e operacionais e podem envolver integração vertical ou horizontal; alianças estratégicas. Cabe ao  gestor do plano de turnaround torná-lo viável para a organização no momento, ou antes, de uma crise. E este é um processo complexo e arriscado, que exige soluções e percursos idiossincráticos porque se leva em conta as condições culturais, financeiras e tecnológicas da organização e do contexto ambiental em que está in serida.
Em várias situações pré-crise, é provável que os gestores consigam perceber essas necessidades e intuir os caminhos a seguir, escapando da crise. Em outras, a força da crise é tal que impede a ação. Da mesma maneira que em certas situações, nem 100% da força do freio aplicada consegue impedir uma colisão entre veículos.

Portanto, acreditamos no desenho da intervenção na empresa que contenha um capítulo de destaque dedicado aos impactos em Vendas e Marketing. E não acreditamos no ataque isolado aos desafios em finanças, manufatura, produto, compras, ou alta gestão, tampouco. Portanto discutiremos as iniciativas em Vendas e Marketing e seus impactos ou interações com os outros departamentos, e no resultado final da empresa.

O escopo de um esforço de Turnaround.

Recuperação de Empresas, ou Turnaround Management, é um processo que trata de reverter os efeitos da crise antes que esta traga  consequências irreversíveis.
São muitas as variáveis que precisam ser administradas para a reversão de uma crise empresarial, todas de forma sincronizada e a serem executadas com qualidade técnica:

- financeiras: a necessidade de conseguir recursos que permitam a continuidade da operação
- comerciais: a necessidade de reorganizar a atuação da empresa no mercado
- operacionais: a revisão dos processos produtivos e logísticos para otimizar os recursos
- tecnológicas: a utilização de sistemas que permitam melhorar a disponibilidade das informações, a reengenharia de produtos ou serviços, os investimentos em soluções que possam reduzir custos e melhorar a atuação da empresa.

Muitas vezes a situação geral da empresa não requer um trabalho completo de Turnaround em todas essas areas, mas há uma série de indicadores que levam os acionistas ou diretores a concluirem que algo não vai bem, pois percebem que a linha de cima, as receitas, estão diminuindo, estagnadas há tempos enquanto todo setor cresce. Ou que o Lucro Operacional gerado é insuficiente para cobrir os custos de financiamento da operação.

No Diagnostico, Analise e Desenho da Intervenção a ser proposta para a empresa cliente 'X', queremos sempre ter a certeza de tudo esta sendo feito seguindo o protocolo de boas praticas de gerenciamento de projetos e riscos. Nosso propósito, quando engajamos com clientes, é ser o guia do processo –  provavelmente diagnosticaremos que uma intervenção com o foco principal em Vendas seja necessária, e uma vez determinada qual a dimensão a se atacar primeiro e o que fazer, em conjunto com as atividades de aperfeiçoamento do controle financeiro e operacional. Já fizemos dezenas de Turnaround focando apenas em aspectos econômico-financeiros, mas o que vai solidificar a recuperação de muitas empresas vai ser a resolução da área de vendas de uma empresa.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Capital de giro significa capital de trabalho

No post anterior, falamos um pouco sobre Capital de Giro. Mas agora vamos falar sobre o como ele é usado para financiar a continuidade das operações da empresa, seja para compor o estoque de matéria prima ou produtos para vender,  ou para despesas operacionais. Capital de giro significa capital usado no dia-a-dia, de trabalho, ou seja, o capital necessário para financiar a continuidade das operações da empresa.

O que gera a Necessidade de Capital de Giro (NCG)?


  1. O financiamento aos clientes (nas vendas a prazo);
  2. Para manter estoques;
  3. Para pagamento aos fornecedores (compras de matéria-prima ou mercadorias de revenda);
  4. Pagamento de impostos, salários e demais custos e despesas operacionais.

O capital de giro está relacionado com todas as contas financeiras que giram a empresa.

O que aumenta a Nessessidade de Capital de Giro?


  • O volume de compras à vista;
  • O volume de vendas à prazo;
  • O volume de vendas em si (mesmo que voce compre e venda à vista e receba no mesmo dia, precisa ter o dinheiro para comprar primeiro)

Note que toda empresa que vende a prazo precisa de recursos para financiar seus clientes, e quanto mais vende e quanto maior o prazo, maior sua NCG. Muitos empresários às vezes pensam que quando passarem a vender mais, terão mais dinheiro, e não se preocuparão com a NCG. Ledo engano! Esse é um dos motivos mais frequentes para o endividamento e declínio de empresas, o aumento de vendas à prazo sem o correspondente plano para captar Capital de Giro a custos compatíveis!

Sim, a empresa pode descontar duplicatas e antecipar recebíveis, mas precisa levar em conta a perda de margem bruta decorrente, e refazer sua equação econômica, se já não o fez.



Como buscar o equilíbrio?

Quando a empresa consegue negociar uma compra a prazo (matéria-prima ou mercadorias) significa que os fornecedores financiam parte ou todo o estoque;
Quando a empresa consegue prazos para pagar as despesas (impostos, energia, salários e outros gastos) significa que parte ou o total dessas despesas é financiada pelos fornecedores de serviços.


Sente com seu contador ou gerente financeiro e entenda as situações acima. Antes de crescer ou pegar aquele grande contrato de venda a um cliente que demanda mais prazo, analise de que contas a empresa obtém recursos para financiar o capital de giro.

Capital de giro não quer dizer o que está disponível no seu caixa; é aquele que está "indisponível", justamente por estar "investido" em várias contas. E pode ser um problema, se você não sabe sua origem e destino.

Bons negócios!


quarta-feira, 4 de maio de 2016

Capital de Giro


As empresas investem em muitos tipos diferentes de ativos reais: um prédio, um caminhão, equipamentos, também chamados de ativos corpóreos. Outros tipo de ativos reais podem ser patentes, direito de exploração de uma jazida mineral, chamados incorpóreos. Evidentemente, se existe um bom mercado para cada ativo, o valor de cada um é exatamente o seu preço de mercado.

Existem oportunidades de investimento produtivo, e estas competem com os investimentos em títulos do tesouro, ações de empresas negociadas em bolsas de valores, etc. Qual interessa mais?

Você diria, "depende do investidor".
Seria ele avarento ou gastador?
Quanto capital ele tem disponível para investir hoje?
Quanto ele precisa de disponibilidade para gastar nos proximos meses?
O quanto de risco ele consegue suportar?
Em quanto tempo terei o retorno, e com que ganho?


Quando o gestor vai aos sócios buscar Capital para empresas que tem necessidade de capital de giro (NCG), ele se depara com as perguntas acima.
Mas se for ao mercado de capitais, as perguntas serão diferentes: Qual o lastro ou garantia que mitigue o risco de inadimplência? Qual a taxa de juros que a empresa suporta pagar? Quais os impostos e taxas incidentes?

Falaremos como se calcula a real NCG e qual a melhor maneira de uma empresa se financiar, nos posts seguintes.

Criticas/Perguntas? escreva para info@v2rconsult.com

 

segunda-feira, 25 de abril de 2016

A miopia do empreendedor e a crise


por Helder de Azevedo


Em seguidas visitas realizadas a empresas em situação de crise, usualmente mais agudas que os empreendedores ou gestores desejam reconhecer, percebe-se nitidamente uma correlação direta entre a severidade da crise com o tamanho da miopia do empreendedor.

Valho-me aqui de conceitos explorados por Theodore Levitt em seu famoso ensaio “Marketing Myopia” publicado pela primeira vez em 1960 pela sólida revista HBR, ainda absolutamente atual.



Neste ensaio Theodore Levitt atribui, logo no início do artigo, o motivo da má gestão de um negócio à visão focada na venda, ou seja, do produto e não no marketing, que representa a necessidade ou o desejo do cliente ou do mercado; ou seja, uma visão curta, não se enxergando um pouco mais distante, daí a miopia. Mas o que isso tem a ver com empresas em crise?
Noto nestas reuniões com a V2R que os empreendedores ou seus sucessores carregam uma confiança, uma energia positiva enorme, uma satisfação e orgulho baseados usualmente em 3 pilares:
  • Nome construído (marcas, produtos, patentes)
  • Longevidade
  • Responsabilidade Social (geração de empregos, renda, desenvolvimento do entorno, etc)
Claro que o empreendedor tem todos os motivos para se orgulhar destes pilares e pelos valores éticos familiares aportados ao negócio. Isso é muito positivo!
Não obstante, como todo organismo vivo, uma empresa nasce para morrer. A perenidade de uma empresa depende fundamentalmente da consciência de seus gestores de que a “morte” (crise, falência) está sempre à porta, mesmo nos melhores momentos. Lamentavelmente todos os empreendedores que tenho conversado não enxergam nesta distância, daí a miopia!

 Uma empresa em miopia (ou podem chamar de negação) não está preparada para enfrentar os desafios quando a crise se instala. As atitudes que encontro são repletas de condescendências: “O dólar subiu muito!”; “ninguém esperava esta crise!”; “se conseguirmos sobreviver até a mudança de governo, estaremos muito bem”; etc, etc... Até o momento não ouvi de nenhum gestor ou empreendedor algo minimamente próximo de “demorei para perceber que com a redução de demanda eu deveria reduzir meus custos imediatamente”; ou talvez “enquanto estávamos no auge, não investi em novos produtos ou mercados”...

Mas nenhum destes consegue enxergar ou entender nenhum das outras Partes Interessadas. Não enxergam ou entendem porque seus clientes, muitas vezes maiores que eles, atrasam pagamentos; por que os bancos negam créditos, porque “apesar de nosso nome, longevidade, e honestidade dos fundadores não são suficientes para obter aquele crédito salvador”?

Aí, e quase sempre por indicação, convocam consultorias especializadas em recuperação de empresas, como a V2R, e no final das contas as expectativas são de que se consiga os recursos (claro, graças ao nome, longevidade, reputação) para que possam seguir da mesma forma. Aí questionamos: “se aparecer este recurso emergencial, como vocês garantem que não retornarão a este estado em algum tempo?”.

Incrível como o empreendedor tem dificuldades para reconhecer que a empresa chegou a este estado de crise por conta desta miopia. E mais: Insistem em buscar o recurso emergencial para seguir da mesma forma que o levou a este estado! Aí não entendem porque as portas se fecham!

Enquanto não houver um projeto que possa levar a empresa para um outro estado, e não apenas tirá-la do “buraco”, ninguém se importará. Ninguém se importando, o destino da empresa será o seu fim. 


Se você concorda e conhece alguém nesta situação, apresente-o (a) para nós da V2R. Um olhar externo, profissional, altamente impactante; sem destruição dos pilares que tanta confiança e orgulho aporta aos fundadores. Pode ser um email para info@v2rconsult.com.
Se discorda, me conte porquê. Um abraço.

Helder de Azevedo.
Sócio e Presidente do Conselho de Administração.

 






Você compraria ações da sua empresa?

Investidores estão buscando onde colocar dinheiro, bons ativos para comprar. Aqueles que combinam crescimento, geração de caixa e gestão de primeira linha.

Um período muito difícil está a caminho. Pode ser o momento de arrumar a casa, ocupar espaço dos concorrentes, melhorar sua margem de lucro,  e  transformar-se em objeto de desejo dos investidores.

Quem pode ajudar?

Nós da V2R desenhamos e executamos as transformações necessárias na sua empresa. Nossos sócios e colaboradores fazem a diferença pela experiência em gestão, estratégia e recuperação. De consultoria financeira, reestruturação de operações, até um processo de recuperação judicial, nossa equipe domina as ferramentas e atua com alto padrão de qualidade técnica.

Como começar?
Pensando no hoje e no amanhã, desde suprimentos para a área produtiva, chegando aos clientes e às vendas, guiados por uma estratégia de maximizar o valor da empresa. Com equilíbrio nas contas e um plano firme de reconquistas, a empresa estará preparada para os desafios do mercado.



PS: Quer falar diretamente com nossos especialistas?

Envie um email para info@v2rconsult.com ou visite-nos no:


Facebook: v2rconsult
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Website: v2rconsult.com